quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Máquina e Homem

Acho que foi em 1992 ou 1993 quando eu era leitor assíduo do caderno de informática do jornal O Globo, (o Informática Etc), li uma entrevista com Bill Gates dizendo que em breve o melhor jogador de xadrez do mundo seria um computador.
Essa profecia consumou-se há exatamente um ano atrás. Em 19/11/2006 começava o último match (como se chama uma rodada de partidas no xadrez) entre máquina e homem, que terminou com a vitória da máquina.

O programa foi o Fritz, cuja versão 11.0 foi lançada hoje. O adversário humano foi o atual campeão mundial Vladmir Kramnik, vencedor do torneio que comentei em outro post.


Essa disputa entre homem e máquina foi uma escalada que popularizou-se em 1992, quando a IBM propôs o desafio a Kasparov (campeão mundial na época). O foco da IBM foi poder no hardware de processamento, através do desenvolvimento de um super-computador dedicado ao jogo, o Deep Blue.



Já o Fritz é um software que pode ser executado em um computador doméstico.

Até hoje o placar homem x máquina está desta forma:




  • Fevereiro/1992
    Deep Blue 2,0 x Kasparov 4,0
  • Maio/1997
    Deep Blue 3,5 x Kasparov 2,5
  • Outubro/2002
    Deep Fritz 4,0 x Kramnik 4,0
  • Novembro/2006
    Fritz 4,0 x Kramnik 2,0

    Hoje já é consenso no mundo do xadrez que um campeão mundial não mais vence um software.

    A força de um jogador no xadrez é medida através de um cálculo cujo resultado é o ELO. O ELO de Kramnik hoje é 2785 e o ELO do Fritz já passou de 2800.

    Fritz hoje já é mais forte que o humano mais forte. E Fritz não envelhece, não gripa, não fica tenso.

    E não morre.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Só de sacanagem

Meu post “Da Ética” é um adendo ao belo texto de Elisa Lucinda.


Meu coração está aos pulos!Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro.Do meu dinheiro, do nosso dinheiro, Que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós. Para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz. Mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó E dos justos que os precederam: “Não roubarás”. “Devolva o lápis do coleguinha”. “Esse apontador não é seu, minha filha”.Pois bem, se mexeram comigo, Com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, Então agora eu vou sacanear: Mais honesta ainda vou ficar!Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba” E eu vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez”. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês.Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau. Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. E eu direi: “Não admito, minha esperança é imortal”. E eu repito: “Ouviram? IMORTAL!”Sei que não dá para mudar o começo Mas, se a gente quiser, Vai dar para mudar o final!



Em http://www.revista.agulha.nom.br/elisalucinda3.html, acessado em 12/07/2007.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Da ética

Quando determinado objeto sofre uma deformação e retorna ao seu estado original, dizemos que houve uma deformação elástica. Quando a deformação é permanente, e o objeto não volta ao seu estado original ocorre um deformação plástica. Estes são dois conceitos básicos da Mecânica Clássica, uma das grandes partes da Física.

Pois a ética é assim: plástica!

Essa sucessão de escândalos sobre corrupção que assola o país atualmente, e que já vem permeando a história do Brasil, faz pensar.

É tudo tão ilógico e descabido que assusta.

O conceito de servir foi há muito esquecido e substituído pelo usurpar. Temos a figura do Usurpador Público. Eles competem entre si, em uma bizarra e deplorante maratona onde o vencedor é quem mais usurpa.

Não vou listar aqui as afrontas políticas e éticas às quais somos submetidos. Basta dizer que tudo é feito em nome do poder e do dinheiro. Quando eu digo tudo, quero dizer TUDO DE RUIM. Tudo mesmo. Mentir, roubar, trair, matar, trapacear, etc.

A coisa é tão intensa que beira o absurdo. Parece um conto de Borges ou uma situação sem pé nem cabeça daquelas de Alice no país das maravilhas. Uns organismos vivos como Severino Cavalcanti, Antônio Carlos Magalhães e recentemente Renan Calheiros são figuras de ficção. O mundo no qual eles vivem, lhes é próprio, criado e regido por suas próprias leis. Sendo assim, eles tentam adaptar a realidade ao seu próprio mundo, cujos pilares são o poder e o dinheiro.

Nessa adaptação da realidade ao seu próprio mundo, eles atropelam as pessoas, as instituições, o país.

Mas o que eu acho importante é o seguinte: um universo como o que eles vivem não se constrói de uma hora para outra. O nosso mundo interno é fruto de vivências, experiências, personalidade, etc. Uma série de fatores que são elaborados ao longo da vida. Coisas que um antropólogo ou psicólogo pode explicar melhor.

Nesse universo deles falta um elemento inquestionável: a ética.

Em algum momento de suas pobres vidas eles prescindiram da ética pela primeira vez. E essa vez bastou. Esse é o ponto.

Mas o querer levar vantagem em tudo está impregnado na população. Muitos desses 500 organismos vivos que estão lá em Brasília saíram de camadas modestas da população e repetem em uma proporção maior o que a população faz também.

O comércio de objetos roubados, dar troco errado, receber troco errado, furar fila, explorar o empregado, roubar do empregador, adulterar gasolina, abusar da boa fé das pessoas, super -faturar um trabalho, enfim, qual a diferença entre cada uma dessas coisas e querer pagar a pensão da mulher com dinheiro público?

É só uma questão de proporção. Mas o princípio é o mesmo.

E quando começa-se com pequenas práticas anti-éticas, isso fará parte da cultura da pessoa. Será incorporado ao seu proceder. Passa a ser natural e aceitável.

(O que se vê pela televisão choca porque a televisão diz que é chocante e é grave. Não fosse a mídia dar o ar de grave, muitos não se chocariam porque lhes seria natural.)

Criar o conceito de ética é uma questão de educação. As pessoas têm de ser educadas com noções éticas.

E a ética é plástica. Se eu ceder uma vez em termos éticos, dificilmente voltarei atrás. Ad infinitum.

Back

Back to the web life!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Ouvir música em volume baixo é como tomar café frio.

Corrupção em uma ditadura

Continuo achando que a pior democracia ainda é melhor que a melhor das ditaduras.
Mas com aquelas 500 criaturas brincando de fazer política no Senado e na Câmara dos Deputados...
A fonte da matéria abaixo é o UOL (http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/07/10/ult34u185523.jhtm)

10/07/2007 - 10h03
Ex-ministro condenado por corrupção é executado na China
(AFP Em Pequim)

Um ex-ministro acusado de corrupção foi executado nesta terça-feira na China, o que é considerado um exemplo e uma advertência a poucos meses do congresso do Partido Comunista (PC), que estará centrado na "harmonia" para desativar as tensões sociais e o mal-estar da população.
Zheng Xiaoyu, 62, foi condenado por receber propina de empresas farmacêuticas para não fiscalizá-las corretamente.

A Suprema Corte rejeitou a apelação apresentada pelo ex-diretor da Administração do Estado para a Alimentação e os Medicamentos na China, Zheng Xiaoyu, 62 anos, condenado à morte no final de maio por ter recebido 6,4 milhões de yuans (620.000 euros) de suborno por parte de empresas farmacêuticas e por descumprimento do dever.

A execução do ex-ministro, demitido há dois anos, aconteceu dentro de um contexto de escândalos que questionam a qualidade dos produtos do país, em particular para a exportação.

"É uma decisão muito política", disse Nicholas Bequelin, pesquisador da organização Human Rights Watch em Hong Kong."

O objetivo é enviar uma mensagem clara ao interior da China para destacar que o governo não aceitará a corrupção", acrescentou.

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e do congresso no qual o mandato do governante chinês Hu Jintao deve ser renovado, o PC decidiu enfatizar o combate à corrupção.

Há vários meses, a imprensa dá destaque a reportagens sobre o estilo de trabalho dos quadros dirigentes.

Em uma entrevista recente à revista Study Times, He Yong, vice-secretário da Comissão de Disciplina do PC, organismo responsável por descobrir os dirigentes corruptos, manifestou suas inquietações e afirmou que esta é "uma questão de vida ou morte para o Partido e o Estado".

Também advertiu contra as desvios dos que utilizam seu poder em benefício próprio, de amigos ou familiares, enquanto a população enfrenta dificuldades crescentes: preço dos aluguéis, emprego, previdência social, gastos escolares, problemas de meio ambiente, expulsões, pedidos de terra no campo."

Devido ao trabalho mal feito, à burocracia e ao não cumprimento do dever, os problemas não foram resolvidos, o que agrava a situação e leva inclusive a incidentes de massa que perturbam a estabilidade social", disse He."

É preciso punir severamente as faltas dos dirigentes", acrescentou.

Para He Weifang, professor de Direito na Universidade de Pequim, a execução de Zheng está destinada "a acalmar a revolta popular".

O ex-ministro Zheng Xiaoyu foi demitido em junho de 2005 depois de comandar durante oito anos a Administração de Alimentação e Medicamentos (SFDA), no qual implementou um sistema de autorização de remédios particularmente polêmico.

Dois ex-assessores de Zheng também foram condenados por corrupção, um à pena de morte com clemência de dois anos e outro a 15 anos de prisão.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Políticos mineiros

O Deputados Estaduais, na Assembléia Legislativa, querem impunidadade para si e seus colegas.
Um projeto de lei que eles propuseram de forma irregular (diga-se de passagem) faria com que eles não pudessem ser investigados pelo Ministério Público. Isso já acontece com o Governador e uma pequena corja que o cerca.
Aécio tem até sexta para sair dessa.

Veja o histórico em
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2007/06/15/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=15944/em_noticia_interna.shtml
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2007/06/26/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=17426/em_noticia_interna.shtml

quinta-feira, 21 de junho de 2007

O Pan do Rio II

Jouca Kfouri comenta o Pan no forum da revista Caros Amigos.
Veja em http://forums.ecomm.com.br/cgi/dnewsweb.exe?cmd=article&group=forum.carosamigos&item=8647&utag=

Valeu!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Campeonato Mundial de Xadrez



Terminou na semana passada o torneio dos candidatos para o Campeonato Mundial de Xadrez deste ano. Foram 16 jogadores para 8 vagas. Ficaram 4 russos, 1 indiano, 1 armeno, 1 húngaro e 1 israelita. Os oito se enfrentam em setembro.

Ficaram de fora a única mulher; a húngara Judit Polgar (foto abaixo) e o Magnus Carlsen (à direita), um norueguês de 16 anos!






Polgar foi educada em casa pelo pai. Não freqüentou escola formal. Seu pai formou três gênios: Judit, Susan e Sophia. Todas feras em xadrez. Judit está entre as 100 melhores do mundo e é uma bela mulher. Susan tem um centro de treinamento no EUA.




Curiosidade: olha só a Polgar enfrentando o Topalov (2º no ranking) em um jogo às cegas.


É mole?




domingo, 17 de junho de 2007

O último dos roqueiros

"A gente tem a obrigação de driblar e aniquilar as adversidades. Se é que ninguém reparou, mais uma vez estou tomando a dianteira... e quem ficar de irmã de caridade, tipo anos 90 indie, xiita e pobre, está fudido. Temos que ganhar grana e espaço em todas as mídias. O novo binômio é: criatividade + grana. Senão a gente vira uma outra edição requentada do hip hop paulista que virou enguetizante e regurgita seus engessados dogmas faz anos, né? "

Lobão, em entrevista para Acessa.com (http://www.acessa.com/xiis/?page=especiais&nome=lobao)

Após vender seus CD´s nas bancas de jornal, Lobão gravou um acústivo na MTV e está vendendo por uma grande gravadora.

Metamorfose ambulante.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O PAN do Rio

Não precisa esperar o PAN chegar!
Pois é, o PAN no Rio já chegou há muito tempo.
É o PANico!!

É impressionante como as autoridades do estado do RJ não reconhecem que a cidade e região vivem uma guerra civil. E não me venham falar que “violência tem em todo lugar”, “o que se vê na tv são casos isolados”, “o Brasil inteiro está assim”. O caralho! Mentira! Não está assim não. A maioria das cidades brasileiros goza de ordem e sossego. Paz e tranqüilidade. Não fica passando um Caveirão na rua e entrando bala pela janela. Péralá!

Ocorre que existe um monte de gente pobre nas favelas que foi aliciada pelas autoridades locais: os traficantes. Essa gente pobre, sem recursos e sem como reagir: submeteu-se. Não significa que essa gente concorde com os traficantes ou trafiquem também, mas é questão de sobrevivência. Ou você se submete ou morre.
Essa guerra, como toda guerra, só tem um resultado: uma das partes vai ganhar.
1. Hipótese 1. A lei ganha a guerra. O governo poderia então retomar o território perdido, urbanizá-lo, os moradores de lá se tornariam cidadãos da cidade do Rio de Janeiro e o governo mandaria o traficantes para a puta que os pariu.
2. Hipótese 2: Os traficantes ganham a guerra. A guerra se tornaria explícita, o território deles seria em um primeiro momento toda a cidade do Rio de Janeiro. A médio prazo haveria ações para a tomada de outras cidades no estado. O resto deixo para uma crônica bizarra que poderia escrever.

Enquanto isso a Rede Globo insiste em dizer que o Rio é bonito. Mostra Leblon e Copacabana. Cidade maravilhosa.

Maravilhosa de se ver de longe.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Lá vai a MS de novo

Pois é. Um dia depois de eu publicar o post sobre o Código Aberto x Software Livre, li essas notícias:

http://www.imasters.com.br/noticia/6396/microsoft_contrata_veterano_em_codigo_aberto/

http://www.imasters.com.br/noticia/6399/microsoft_compra_empresa_de_gerenciamento_de_dados/

O próprio Anders Hejlsberg, niguém menos que o criador do Pascal já foi para a MS há muito tempo para criar as bases do .Net.

Poucos resistem ao poder do império!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Nem tão Stallmann nem tão Gates

Há alguns anos atrás dei uma palestra no CDI sobre Software Livre e vi que ninguém sabia exatamente o que era isso.
Mais tarde conversando com alguns desenvolvedores que eram alunos dos primeiros anos de um curso de Tecnologia, percebi que tampouco eles e seus professores sabiam o que era também.

Fiquei de escrever algo sobre o assunto.

Vai lá.

Pouca gente conhece Richard Stallmann, muita gente já ouviu falar em Linux e todos conhecem Bill Gates.

Richard Stallmann é o Filósofo criador da teoria do Software Livre.
Linux é o mais famoso programa OpenSource.
Bill Gates é o dono da Microsoft.

A três coisas são diferentes mas se tangenciam. Vejamos.

Software Livre
Stallman é um visionário barbudo, intelectual da pesada (Física em Harvard) e que recebeu todos os maiores prêmios de tecnologia do mundo. Um daqueles caras à frente do seu tempo. Chamado de Santo Ignúcio, em 1984 ele lançou um manifesto chamado Manifesto GNU, onde basicamente ele diz o seguinte:
- o usuário de programa de computador tem de ter liberdade de rodar o programa para qualquer propósito (liberdade 0);
- tem de ter liberdade para estudar, alterar e adaptar o programa de computador para a sua necessidade (liberdade 1);
- liberdade para copiar e distribuir o programa de computador (liberdade 2);
- liberdade para melhorar o programa de computador e distribuí-lo (liberdade 3).

É claro que para satisfazer as liberdades 1 e 3, deve-se ter acesso ao código fonte.

O programa tem de ser livre porque para Stallman “Quando um programa tem um dono, os usuários perdem a liberdade de controlar uma parte de suas próprias vidas.”

O programa livre não tem de ser de graça (sem pagar). Stallman é categórico no manifesto quando fala desse assunto. Software livre não significa necessariamente software gratuito. Daqui já sai a primeira confusão. As pessoas acham que software livre é gratuito. A motivação de Stallman é social e não mercadológica essencialmente.

Resumindo: software livre é aquele que você adquire (pagando ou não) e tem o direito de alterar, melhorar, distribuir e usar do jeito que você quiser. Inclusive vendendo.


OpenSource
Já o Linux é fruto de um outra corrente chamada OpenSource. Esse pessoal começou em 1993 uma onda muito semelhante à onda do software livre. O que muda essencialmente é:
- o propósito do OpenSource é construir o melhor software possível;
- para atingir esse objetivo eles constroem comunidades de desenvolvimento onde cada desenvolvedor pode contribuir com o código fonte;
- você tem de comercializar um software OpenSource da mesma maneira que o adquiriu.

Deu para ver que a diferença é muito sutil. O software livre pode ser comercializado da forma que eu quiser, já o OpenSource exige que eu o comercialize da maneira que adquiri.

Microsoft
É a maior produtora mundial de Sistemas Operacionais. O programa que toma conta do computador. Pertence ao Bill Gates, figura conhecida fora do mundo de TI. A Microsoft é conhecida também por algumas práticas comerciais questionáveis como: se ela acha um concorrente fazendo um programa de computador “porreta”, a Microsoft compra a empresa concorrente e embute o software adquirido nas suas dezenas de soluções que já possui.

Fatos
Como se diz: “contra fato não há argumento”. Segue-se alguns fatos para o leitor poder meditar. A partir de cada fato desse pode-se tirar conclusões valiosas. Não vou dar a minha opinião para não influenciar ninguém. O que se segue abaixo são constatações.

1. A maioria das pessoas não tem a mínima idéia do que é um código fonte. Tampouco como alterá-lo.
2. Vcê já viu uma mosca branca? Pois é. É tão raro quanto alguém capaz de alterar o Linux para você. Só vi isso em grandes empresas e em algumas prefeituras.
3. Muitas empresas que dependem de programas de computador de forma vital, contratam programadores para elas. E o programa passa a ser da empresa e não do programador. E aí elas mandam alterar o programa da forma que querem.
4. Qualquer Windows é muito, muito, mas muito mais fácil de usar do que qualquer Linux.
5. O Linux é mais estável do que o Windows.
6. O Windows é mais bonito do que o Linux.
7. O Windows nasceu em uma empresa, para ser vendido. O Linux nasceu em uma universidade para ser um estudo de caso.
8. Richard Stallman, Bill Gates e Linus Torvald estão, intelectualmente falando, muito acima da média da humanidade.
9. Existe muita gente fanática por Windows.
10. Existe muita gente fanática por Linux.
11. Gente fanática é irracional.
12. Existe muito programa de prateleira. Você vai à loja, pega uma caixinha com um CD dentro, paga, chega em casa, instala e usa. Nunca mais você vai pagar nada para o fabricante.
13. Há programas alugados. Você paga um tanto por mês para ter o direito de usar e de adaptar o programa para você.
14. Há empresa que sacaneia. Cobra por mês por um programa que não tem necessidade de manutenção mensal.
15. Há programas que levam anos para ficar prontos e consomem muitos recursos em mão-de-obra, treinamento, máquinas, dinheiro e muitas outras coisas.
16. Há programas que podem ser feitos em questão de horas.
17. O custo para copiar um programa é quase zero.

Dá para pensar um pouco a respeito...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Sonhos

Sonhos apodrecem, precisam de sol, já pra fora!

(Leandra Leal)

terça-feira, 22 de maio de 2007

A mesa que não manca


Por que às vezes temos que colocar calços em mesas de quatro pernas, e isso nunca é necessário em mesas de três pernas?
Refazendo a pergunta: se você tem uma mesa com quatro pernas e corta um pequeno pedaço de uma das pernas, ela vai ficar mancando. Vai balançar. Se você fizer o mesmo em uma mesa de três pernas ela não balança. Ela vai ficar desnivelada, mas não vai mancar. Por que?

Porque três pontos definem um plano. No exemplo, as três pontas das pernas da mesa de três pernas definem um plano, que no caso é o chão.
No caso da mesa de quatro pernas, quando se corta um pedaço de uma perna, esta perna deixa de pertencer ao plano original que ele pertencia e vai para um outro plano. Como as três pernas que não foram cortadas estão em um plano e a outra cortada está em outro plano, a mesa manca. O mesmo acontece quando você vai andar com um pé na calçada e um pé no asfalto: dois planos diferentes.

Quem primeiro fez a afirmação em negrito acima foi um provável discípulo de Platão chamado Euclides de Alexandria, há mais de 2400 anos. Ele fundou a primeira escola de Mathematha (como se chamava à época) e escreveu o mais notável livro na área até hoje: Os Elementos. (Nome bonito!).

Isso é um conceito básico de uma das várias geometrias: a Geometria Plana. Quais as outras Geometrias? Este conceito básico se chama axioma. O que é um axioma?

Mais tarde a gente conversa!

Valeu.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Nasce um blog. No meio dessa babel tecnológica e desse besteirol todo que se acha na internet. Vamos ver se eu consigo manter esse negócio e/ou se terei algo para escrever aqui.
Valeu.