quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Enchentes no Brasil



Não dá para imaginar o que é ter sua casa totalmente invadida pela água suja. Tampouco soterrada. Quiçá a perda de parentes e familiares. É imensurável essa dor.

Manifesto aqui minha mais forte solidariedade às vítimas das águas principalmente ao povo de Muriáe, cidade na qual residi por três anos e onde possuo muitos e grandes amigos.

Para saber mais:

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Boa sorte seu “dotô”

Os advogados, os médicos e delegados policiais são historicamente chamados de doutores. Talvez pelo fato de os cursos de direito e medicina serem de forma geral os mais antigos nas universidades federais, destacando os portadores desses certificados do resto da população, já com um alto grau de baixa auto-estima. Junta-se a isso o mito do “médico-deus pode tudo” detentor de um saber inquestionável e o “adevogado acima da lei” sabedor do que se pode e não se pode fazer. Além do portentoso, ainda que simbólico (mas como há símbolos poderosos!), título de bacharel.

Esses doutores hoje são produzidos em uma escala industrial agressiva, que deixaria Ford impressionado. Hoje, qualquer pequena cidade, além da igreja, boteco, pracinha e lan-house, tem também uma faculdade de medicina ou direito.

Recentemente, um grupo de recém-formados pela UEL (Universidade Estadual de Londrina - PR) saiu para encher a cara, em frente ao Hospital Universitário, um dia antes da formatura. Seria uma bebedeira normal não fosse o fato de um bando deles decidir invadir o Hospital após a confraternização. Invadiram aos gritos, soltando rojões e causando tumulto.

Os vândalos identificados foram proibidos de colar grau no dia seguinte.

Apesar de o fato ser chocante, uma demonstração de imaturidade, falta de ética, enfim, um total despreparo humano e profissional, o que mais chocou foi o depois.
Viu-se os formandos não-bárbaros (os que não participaram da algazarra) todos de preto, como forma de protesto, no dia da formatura. Que bom, pensei eu, fizeram um protesto contra a ação dos colegas e em solidariedade aos enfermos importunados no hospital. QUAL!!! ELES ESTAVAM A FAVOR DE SEUS COLEGAS, CONTRA A DECISÃO TOMADA PELA REITORIA!
O reitor ainda promoveu uma palestra sobre ética no dia da formatura, da qual todos saíram calados sem se manifestar.
O manifesto dos alunos foi um show de arrogância, infelizmente já bastante peculiar à classe médica. Essa arrogância, muito amiga da incompetência se multiplica. Propaga-se e alastra-se pelos quatro cantos do país. Jovens médicos desdenhando a saúde pública. Desdenhando o assalariado que através de seu imposto estadual ou federal mantém a universidade na qual jovem “dotô” se formou.
Mais um problema ético, como já comentado aqui no blog.
Enquanto os jovens invadem o hospital, Daniel Manoel da Silva, 58, desabrigado em Santa Catarina, e que perdeu cinco familiares soterrados, devolve 20 mil reais achados em um casaco recebido como doação.
Sua neta, Daniele Maria Annater, de 5 anos, deve ter aprendido uma lição de ética à qual os “dotô” nunca tiveram acesso.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Controle de Produção em Desenvolvimento de Software

Vagner boa tarde. Estou iniciando em um empresa e farei a gestão de 1 supervisor e 2 programadores que utilizam um ambiente Delphi 2007 / SQL Server 2005. Que dicas vc me daria para controlar a produção? Que ferramentas teria para isto? Att.

Na Gerência de uma equipe de desenvolvimento, há aspectos tão ou mais importantes que a ferramenta de controle da produção. Em uma situação normal utilizo a seguinte técnica:simplicidade, objetividade e eficiência. Uso uma tabela (Excel,Word ou Project, dependendo do tamanho do projeto) com as colunas:

  • Id da tarefa
  • Nome do desenvolvedor
  • Horas previstas
  • Horas realizadas
  • Observações

As horas são alocadas com base histórica. Não uso FPA. O desenvolvedor me diz quantas horas vai gastar com determinada funcionalidade já com os testes básicos. Para que isso funcione é preciso que você trabalhe com desenvolvedores experientes e responsáveis. Um estagiário não conseguirá te dizer essas horas. Na metade do tempo previsto eu reviso a tarefa e/ou vou lá ver como está. Se já houver atraso ajusto o cronograma e documento o que houve.

Normalmente um desenvolvedor experiente aloca as horas em uma tarefa já prevendo possíveis imprevistos. E consegue te entregar no prazo correto, com alto índice de corretude. Isso já o coloca no seu limite de capacidadede produção. Você pode e deve, naturalmente, fazer uma crítica nas horas alocadas pelo seu desenvolvedor. Mas repito, se ele for bom e confiável, não será possível que ele entregue a tarefa em menos tempo sem afetar a qualidade.

Lembre-se: "uma mulher gera um filho em nove meses, nove mulheres não gerarão um filho em um mês." Conheça a tarefa que você vai delegar e saiba da real possibilidade de tempo de execução e pronto. Um bom desenvolvedor irá te entregar a tarefa nesse tempo.

Existem alguns outros aspectos. Penso em tratar isso em um artigo posterior. Qualquer esclarecimento a mais, entre em contato.