quarta-feira, 8 de junho de 2011

Shabat a todos!!!

Os ventos da mudança sopraram novamente e minha nau avançou mais um pouco.

Nessa mudança de atuação, em uma nova empresa, consegui uns dois dias sabáticos. Tempo de rever minhas metas, meditar um pouco, pensar na vida.... Aquele momento gostoso em que ninguém está em casa (e não é só porque o controle remoto fica comigo) e se pode ver as coisas à distância. Dedicar uns momentos à leitura, à música, ver TV, em plena terça-feira gorda. Ir ao dentista com o Davi, ir conversar com suas professoras e ouvir seus elogios ao meu rebento, andar na rua, ver e olhar um pouco da cidade em que vivo.

Ás vezes me espremo entre um dia e outro, entre uma atividade e outra, e a arte vai escapando pelos dedos ocupados em teclar. E tudo vai silenciosamente surrupiando nosso tempo e mais importante nosso prazer. O violão dá uma empoeirada e com ele meu coração também se vai.

Mas não vivo só. Vivo com uma família extraordinária com a qual troco sentimentos diariamente e isso me alimenta e é semente diária. Essas sementes sempre frutificam. Em momentos nos quais é preciso sensibilidade para percebê-los.



O Davi desde pequeno nos acompanha nas baladas. Lembro-me de uma festinha na casa do Jales no São Mateus, tarde da noite, uma rodinha de violão na sala do apartamento, e o Davi no carrinho de bebê. E claro, sempre rolava uns roquinhos nacionais que a gente tirava de uma pasta de plástico com músicas, pasta essa que hoje está desmanchando. Está desmanchando mas ainda presta para tocar alguma coisa. Nessa pasta tem Eduardo e Mônica do Legião, que o Davi adora. E tocando com ele outro dia vi que ele não conhece com o Legião! Ele só ouviu com a gente nas rodinhas. O que ele lembra é que é “daquele cara de voz grossa”. Então outro dia me vi mostrando para ele um pouco de Legião no violão. Olha, tocar Tempo Perdido para o Davi vale uma vida!


Saúde e prosperidade!!!