domingo, 21 de agosto de 2011

Como são as coisas

Cheguei à beira da calçada e esperava o bonequinho do semáforo esverdear. Parou à minha frente uma mocinha com o infinito tatuado no tríceps direito. O porquê do infinito e porque no tríceps acho que nunca saberei. Também não quis saber. Não interpelei e me dei o direito ao encanto da dúvida à decepção da verdade.


Tem Belchior com as Paralelas (“teu infinito sou eu”) e descobri agora o belíssimo Infinito de Pé do Abujamra.




Tinha saído da biblioteca municipal. Julho em Juiz de Fora esfria um pouco. “I love JF in july”, parodiando Gershwin. E este ano ainda mais frio para minha sorte. Junto ao frio vem o Festival de Música Colonial, férias da Paula e do Davi.

Do Festival, algumas apresentações têm lugar em uma mini capela no CES-JF (Centro de Ensino Superior). Nessa capela, há muitos anos, nos intervalo das aulas rolava uma missa que eu apelidava de “missa-de-bolso”. Acredite que em 15 a 20 minutos rolava uma pequena missa, com homilía e tudo, numa energia muito boa. A Paula morava ali perto e já encontrava comigo às vezes lá. Depois do final da aula íamos pecar.

Chego em casa vejo O Teatro Mágico, com o Fernando Anitelli transbordando energia e criatividade. É impressionante e me contagia o astral desse cara. Seria um Osvaldo Montenegro reinventado ou travestido.

Em Barbacena, mais frio ainda. Pura hospitalidade na casa de amigos. Cidade de ancestrais e acolhedora.


Devemos naturalmente deixar o nosso preconceito preso lá dentro em algum lugar esquecido.  Mas a fora esse rigor, a imagem abaixo é instigante. Uns moradores da Indonésia,  subiram no monte Bromo em Java, onde tem um vulcão para sacrificar uma galinha. Lá não deve ter encruzilhada. Não é que os deuses atenderam o galináceo no lugar dos devotos? Pois no próximo fim de semana proponho não comermos galinha. Tendo em vista a globalização, poderíamos estar jantando justamente a sobrevivente do vulcão. Ele merece uma chance.


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