domingo, 15 de maio de 2011

O que é Cloud Computing

Computação nas nuvens (cloud computing) é um novo modelo de computação totalmente baseado na internet e com características próprias de comercialização e disponibilidade. Neste novo modelo os programas que nós utilizamos, os dados que nós armazenamos e até o processamento necessário para executar esses programas, não estarão mais em nosso computador. Tudo isso estará em um computador chamado de servidor, em algum lugar no mundo. O único requisito para executar um programa que está nas nuvens é ter acesso a um computador com um navegador (Internet Explorer, Chrome, Firefox) e uma conexão à internet. A partir daí fazemos um login com usuário e senha e começamos a utilizar nossos programas e acessar nossos dados.



Um exemplo desse modelo é o Google. O Google oferece um serviço de e-mail (chamado de webmail) utilizado por milhões de pessoas no mundo todo. Observe que não precisamos instalar programa algum para acessar nossos e-mail’s e veja também que nossos e-mail’s não estão em nosso computador. Para acessá-los basta conectar-se à Internet, fornecer usuário e senha e utilizar o famoso GMail. Isso pode ser feito de casa, de uma lan-house, do trabalho, ou de qualquer outro computador com acesso à Internet ou de dispositivos móveis como celulares. Outros exemplos de algum tipo de computação nas nuvens são o Facebook, Yahoo! Mail, Flickr e vários outros.

Mas reside aí uma confusão muito comum. O webmail do Google, o GMail, por si só não pode ser chamado de computação nas nuvens. Para ser chamado realmente de Cloud Computing, são necessários várias outros recursos.

O conceito de Computação nas Nuvens vai mais além. Mudará a forma como os programas serão comercializados. Os programas serão comercializados como um serviço e não como um produto. Isso é chamado de SaaS (Software como um serviço). O usuário irá pagar pelo tanto de computação que irá consumir. Semelhante ao que acontece hoje com água, luz ou telefone. Quem utiliza mais programa pagará mais, quem utiliza menos programas pagará menos. Por exemplo: se eu utilizo o GMail e o Blogger, que são dois serviços da Google eu pagarei mais que alguém que utiliza somente o Orkut por exemplo. E mais ainda, quanto mais uso eu fizer dos meus programas, mais eu pagarei, pois o custo estará normalmente vinculado ao volume de utilização, tal como a luz, telefone e água.

Vamos adiante: isso se estende também aos computadores, o que será chamado de IaaS (InfraEstrutura como um serviço). Nos programa para Internet o processamento é feito no servidor, ou seja, quando estamos utilizando o Internet Explorer e clicamos em um link ou apertamos um botão ou qualquer outra ação que fazemos, esse comando é enviado para um servidor em qualquer lugar do mundo e é esse servidor que executa esse comando para nós, e nos é enviado somente o resultado desse comando. Aproveitando esse recurso, a computação nas nuvens prevê que o servidor que irá executar nossos programas poderá ser dimensionado de acordo com nossas necessidades. Se eu utilizo programa mais “leves” pagarei pelo acesso a um servidor com menos processamento. Quando eu precisar acessar programas mais “pesados” pagarei um pouco mais por mais processamento.

Temos também a plataforma nas nuvens ou PaaS (Plataforma como um serviço) que é quando os programas poderão ser criados nas nuvens.

Tudo bem, mas quais as vantagens e desvantagens disso tudo?

Do ponto de vista do usuário tem a vantagem de por exemplo: se eu perder meu notebook, nenhum dado será perdido, nenhum programa terá de ser reinstalado e meu trabalho não vai parar, porque eu continuo de qualquer outra máquina até que eu compre outro notebook. Pode ser que uma vantagem também seja a diminuição do custo dos computadores, cujo processamento pode ser diminuído.

Ainda do ponto de vista do usuário há as desvantagens da segurança e privacidade. Quando nossos dados saem de casa já não há controle algum sobre eles. É claro que há criptografia, garantias, senhas, mas é um ponto sensível. Existe a possibilidade de quebra de sigilo, perda ou indisponibilidade dos dados. A quebra de sigilo já é fortemente praticada pelo Google quando vasculha meus e-mail’s e exibe propagandas de produtos relativos ao conteúdo das minhas mensagens.

Do ponto de vista do fornecedor há a vantagem de controlar melhor a pirataria. O pirata terá que descobrir senhas piratas válidas para usar o produto, o que é possível mas permite um controle maior do fornecedor do serviço. A ausência de necessidade de instalação também é uma vantagem para os dois lados. Quem já instalou programas sabe da dificuldade que pode ser com relação a incompatibilidades e conflitos. O que não haveria mais no ambiente nublado.

É claro que temos aí uma dependência básica de boas conexões à internet. Isso tudo é factível em um momento em que o acesso à internet for disseminado e de qualidade. Acredito que esse modelo começará e já está começando discretamente no ambiente corporativo. Entre os usuário domésticos é uma realidade ainda muito distante.

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